É teu legado o joio da hora infausta,
no manto esbranquiçado do trigal,
e da foice que dilacera o mal,
morreu cega, na tua boca exausta.
É teu legado o vil joio do trigo,
os pontos pretos no céu branco e puro,
pontos tantos, parecem n'alma furo,
um lençol embolorado e inimigo.
Um tecido que tua alma se veste,
branco e velho, com veios tão escuros,
algodão puro, qua ao maltrato deste.
Um campo branco, com tão altos muros,
porém, um trigal todo entregue a peste,
porém, um pensar todo feito em furos.
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