Sete passos e sete sombras minhas.
um arvoredo, um banco de madeira,
e sentado, no topo da ladeira:
- sete passos e sete sombras tinhas.
Céu rasgado, um veio de nuvem preta.
olhos pesados como tempestade,
escuros, como a tarde que se invade
de chuva. vôo de escura borboleta.
amargor, em cada gota amornada
pelo sol, já cansado e sonolento,
segue lento, sob a chuva encrespada.
n'um instante de vento turbulento,
eis que encontro a borboleta rasgada
pela força do negro firmamento.
4.10.09
3.10.09
Data venia, quiçá...
Data venia o que escrevo fosse só
o que escrevo. e o só que fora escrito,
como se lido então posto prescrito,
inscrito em nó atado, em cego nó.
data venia o que leio do exposto,
sem mal sem gosto, fosse só rascunho,
do dedilhar do meu malgrado punho,
fosse só escrito sem dó ou desgosto.
Quiçá findasse o negrume das mãos,
na alvura do papel que mora à mesa,
o atinar doudo dos olhos sãos.
quiçá os versos mortos em ruiqeza
sobre o papel. versos mortos e vãos,
furtassem das mãos a viva tristeza.
o que escrevo. e o só que fora escrito,
como se lido então posto prescrito,
inscrito em nó atado, em cego nó.
data venia o que leio do exposto,
sem mal sem gosto, fosse só rascunho,
do dedilhar do meu malgrado punho,
fosse só escrito sem dó ou desgosto.
Quiçá findasse o negrume das mãos,
na alvura do papel que mora à mesa,
o atinar doudo dos olhos sãos.
quiçá os versos mortos em ruiqeza
sobre o papel. versos mortos e vãos,
furtassem das mãos a viva tristeza.
Assinar:
Postagens (Atom)