Ascendo ao mais doce ar primaveril,
Folhas mortas que deixam o chão mais terno,
São o tumulo esverdiado do inverno,
São o rastro deste belo, porém vil.
Descendo da terminação carbônica,
Circulações e nervos oxidados,
Aperto contra os dedos atrofiados,
Flores mortas da primavera harmônica.
E em cada gole dos pés contra o solo,
Passadas graves no rosto da vida,
Pés sujos com os quais seu rosto esfolo.
E em cada florir vejo a despedida,
Em cada ramalhete o desconsolo,
Por meu ar, passos, por minha partida...
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