13.5.09

Hora

As horas que me disponho ausente,
presente comigo e a mais ninguém,
além do tino que me forma alguém
aquém, do que vê, pensa, toca e sente.

As horas da falta do meu apego,
do sossego gasto com pensamento,
alento e lento n'um firmamento
de céu torto, que aos solavancos ergo.

As horas do ponteiro intermitente,
do tempo que sinto gastar na face,
do enlace que sinto gastar na mente.

espelho que desmente a mente agora,
que trinca o vidro fino da ilusão,
que grita nos olhos o firme da hora.


_

Um comentário:

Anônimo disse...
Este comentário foi removido por um administrador do blog.